
ALMA CONFUSA
Data 22/04/2008 15:02:11 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Sol de verão que abrasa o solo, Queima de jardim sua verde relva Me atormentas com teu silêncio Que busca conforto em teu colo Fugindo desta fera intrica selva Que a ti, não movo nem influencio Mesmo abandonando todo protocolo Servindo meu ser de manjar de malva Que te cura e acalma todo meu gerencío De um pensar que apenas encaracolo Tornando minha vida em fera e calva Que meu amor torno e silencio Derramando nesta busca de consolo Minha alma gémea em sonho que salva Esperando que santidade seu Núncio Me venha para mitigar sendo ídolo Da santa igreja, meus males me absolva Para às canções divinas em prenuncio Me juntar à candura angelical e deambulo Se esta espera fará frutos que não dissolva Para aos céus e terra mantenha o anúncio Colado na seda fina do teu casulo Que te esconde ao mundo e assim te salva Deste amor louco que deflagra e denuncio Toda a tortura de meu ser que desarticulo Malva esta que me acalma e salva Neste mundo onde pouco me delicio Procurando algo que me dê vínculo Para poder fugir desta cabala que me envolva Tortura nestes cantos atrofiando em silêncio Será que ficando vencerei da vida o obstáculo Que me absorve mudando a cor viva Que me consome sem do mal ver indicio Que me torne vencido no polvo seus tentáculos Que devoram minha carne sendo atrevida Minha alma que se não liberta e balbucio Queixumes de amor que mal articulo Em voz que mais se assemelha à tremida Queixa de quem prefere ouvir Confúcio Finando o sofrimento falado em Vernáculo Sossegando encarquilhado invólucro e ferida Carne por impossível amor que apenas balbucio Alma que mais não suporta este régulo Querendo apenas largar esta vida Para sono profundo termine em delírio Terminando minha dor que não calculo Como esta alma que de vida sofrida Para viagem ao inferno me gerencío Descende a profundas que me ejaculo Como nunca em dias de minha vida Que nem tulipas que oscilam como ébrio Que anestesia e embriaga o tabernáculo E assim finar o que nada tirei desta vida.
Domingo, 28 de Maio de 2006
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