
Sensações
Data 27/05/2020 16:12:08 | Tópico: Poemas -> Amor
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O que, por ser considerado um sacrilégio É um tatear cego por falta de cerne E a escura matéria que de mim emerge E faz sentir teus olhos sobre mim, Um privilégio! Não nego.
Ai de mim que tuas duas safiras flutuam Criando um fogo que consome meu ser Na magia de um querer ou não querer Na moldura deste pedaço da lua Que imagino ser
Olho-te no tempo como se não estivesse Na vastidão do meu sentido de existir De viver um amor desde seu alicerce E ver este amor na morte transgredir
És as cores que refletem teu espirito E de repente no teu ventre me aconchego Se és doçuras na vastidão deste infinito Também é a dor que na solidão eu me vejo
Saio do corpo como um espirito vagante Daqui diante entro em um mundo de sonhos Restam a mim vestígios de um mundo mundano E meu ectoplasma é de um parecer medonho
Ainda quero sentir a tua mão aveludada Que suavemente enfraquece O meu coração Porque acho que ela fotalece O éter da m'alma Senão for pelo sim será pelo não.
Alexandre Montalvan
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