
Sabes, o corpo é uma furna ...
Data 13/04/2008 08:30:43 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Abstrusas, pernaltas, dengosas flamingas aves debicam centeio na semente extinta – rebanhos rosados quais estrelas caudais fulgentes d’astros em circum-navegação d’azul p’los tapumes d’um céu.
Ah, se houvera verbo no silêncio da demora, se tu m’amasses peixe em água vento em frágua em laços de carne e recidiva estonteante num roçagar de escamas e de pele num fundir tecidos asas e membranas …
Osmose Dádiva Troca
e, de nossas bocas, se desamarrassem simbioses
Cordas Gemidos de violino Sonoridades líricas d’harpa ... de todos os campanários, os sinos
na hora alta na hora louca da demanda e de quimérica entrega (que fosse …) para além do Infinito num soneto branco das linhas pontiagudas de meu canto …
Sabes, o corpo é uma furna, uma gruta profunda d’oculta alma... Um chama profana Um grito Um mar de força pura Um rio de lava e sangue Um palco d’actor sempre estreante.
Espeleólogo de ti, ousa, descende que, Jardins d’Éden ocultam a sede de tenras plantas virescências, viços sadios d'amenidades sacras em Primavera primitiva.
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