
Porquês
Data 08/11/2019 21:03:55 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Em outros tempos fecharia meus olhos e sentiria os absintos Mas traria na memória a tristeza nascida em tempos infelizes Hoje tenho a luz e a esperança que renasce a cada momento De cabelos dourados como os campos perfumados de lilases
Adeus dias trôpegos e de equívocos, vendo tudo envelhecer Sem que te encontrasse nas emoções sob a pele que transpira A vida ergueu-se como a fênix, asas abertas, rumo ao futuro Que se queda ao alcance das mãos, construído com empenho
Não mais a dias sem compromisso, correndo vãos, sem razões Diante de meus olhos pequenos, janelas deste corpo mortal Outrora a curar antigas feridas, hoje a poesia fala é de amor O poema foi a resistência à dor, hoje é o que alimenta a alma
E eram tantas as tragédias, tanto o choro antes de adormecer Na inglória busca de meus dedos pela mão amiga a me assistir E veio o dia que tudo mudou e assim vieste ao meu encontro Já semeamos um tanto, que já florescem belas flores e frutos
Nada é infinito, pois o tempo a tudo comanda, mesmo a vida E quando eu tiver que deixar este mundo que seja a teu lado Trocaria, se restassem dias e até meses, por único dia contigo Porque qualquer tempo sem ti, seria apenas de dor e solidão
Te desejo sendo exatamente a pessoa que és e não idealizada Com tuas manias, os teus medos e mesmo algum desencontro Com tuas dúvidas, com teus modos, com teus compromissos Ah, ninguém é a perfeição, nem espero que venhas se tornar
Porque antes de tudo está tua dedicação, tua generosidade Teu amor e carinho, teu cuidado, teu grande e belo coração Há tanto pra dizer dos porquês que ambiciono estar contigo Ao ponto de te confundires com as próprias razões do amor
Como não estar ao teu lado se és o elixir e o bálsamo que cura És o alimento da minha alma, que me cala o choro, és tão mais O porto certo nas incertezas da noite, a solução dos labirintos O avesso do abandono, és enfim cada uma das letras do poema
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