
Transformação
Data 22/10/2019 21:44:41 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Vive dentro de mim um poeta enlouquecido pelas tragédias Em luta com demônios, creia-me estão aí, a destruir o amor Entre amores não vividos, sofrimentos, e sua própria tolice Não lhe pode avaliar o cotidiano ordinário dos transeuntes Que passam abstratos à sua vida real, feita de amor pujante Todavia invisível aos olhos que escrevem na lousa do normal Há dias ocos de palavras, de vozes mortas, em coro desigual Há desejos reprimidos que me ferem tão na carne e na alma Aceno com meus gestos inglórios de aflições mal ordenadas Sem jamais perder a ética por um qualquer encontro fugaz Semeio violetas, mesmo a temer não as farei colher, amiúde Sinto ter encontrado em ti o sonho que a vida fez concreto Que afinal vai começando a amanhecer num enredo surreal Tua silhueta nua, a me sussurrar no ouvido tudo o que calas Não é hora para arrependimentos tardios, nunca amei tanto Se fosse chorar até sumir o coração, ainda teria tanto amor Mesmo que o amanhã, entre suspiros, anuncie a tempestade Não haverá mais enganos, sombras ou dúvidas a conjecturar Eu te amarei por mil vidas, pois te amar recompôs o infinito
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