CULPADOS

Data 21/10/2019 19:23:23 | Tópico: Sonetos

CULPADOS

Choras em silêncios demorados.
Não entendes porque assim tem de ser.
Quantos de nós seremos perdoados
Junto à cruz, eterno e sereno saber.

A heresia que se vê ao espelho, o reflexo
É livro que há muito esqueceu:
Como num círculo circunflexo
Como numa interrogação... que permaneceu?

Olhos procuram olhos - imaculados;
A Natureza empole e espera o grito;
E a demora é a sina dos desgraçados.

São Sete palmos de terra que nos cobre;
Escasseia o tempo para o proscrito;
Morre tudo quanto é sentimento nobre.

Jorge Humberto
21/10/19



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