
Morte
Data 04/10/2019 21:59:57 | Tópico: Poemas
| Vida sepulcral, enevoada e tímida Me espetas com o garfo do diabo Eu tento, desisto e me parto Fugindo desta escuridão que abomina.
Tomo café e ascendo um cigarro Tua imagem mórbida me persegue Como o homem tomado pela peste Dilacero-me no tombo do teu escarro.
Incógnita, desatino da partida Levam o mel dos teus lábios Como já dizia o grande sábio Nada se constrói em areia fina.
São noites frias e noites geladas Um cristalicio desejo despedaçado Ainda mais forte é teu descaso Quando suspiras assim calada.
Tua foice e essa tua manta preta Teu rosto de buraco negro De ti, oh desgraçada, já não tenho medo Pois, fui na vida, o próprio capeta.
Perco-me diante de teu deslumbre Tu e teus desejos inertes Faz-me comida para os vermes Parte-me no bico dos abutres.
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