
Reis da imperfeição
Data 02/07/2019 13:01:55 | Tópico: Poemas
| "A fome só não alcança as Versalhes do século XXI"
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Buscar o lugar mais calmo Confortavelmente, assentar as nádegas e, numa fração de segundos, dar início a críticas a gosto próprio
Falar o que pensa em sua Ágora receber profanos abraços se exibir à sua mídia cercado de um bando de palhaços
Repousante sensação no orbe de sua própria mente tornando-o o mais valente rei da imperfeição
Toda a sua criação se resume em parafrasear Tudo o que corre ao seu redor nada a modificar, apenas criticar
Se tá ruim, vai ficar pior Se já foi bom, nunca viu melhor
O dono da razão se põe em último grau recursal, mas não se move pro seu gado, não serve o capim e nem o sal
Uma pequena grande massa o acompanha em suas andanças; Qual o prazer em ser livre e não ser liberto?
Sua tirania continua em alto tom, porém aos sábios e ancestrais o discurso do rei permanece inaudível, o que é não é nada bom
Antes homem, hoje rei, amanhã ou rei ou réu, não sei, ou quem sabe um semideus, talvez
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Que liberdade é essa? Que direitos são esses?
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Com olhar abatido, vê-se uma centena de milhar desamparado e mais uma centena de milhares a toda hora chegando de onde não se tem pro pouco que se espera ter
Enquanto o mundo veste a camisa das migrações, os reis de suas nações, inertemente e tolamente, brincam de fazer justiça em seus boçais sermões, e gozam da demagogia
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longe da democracia
By Renato Braga "Uma pequena crítica aos figurões que dão as maiores cartadas no planeta das desigualdades"
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