
Melancolia
Data 19/04/2019 02:03:00 | Tópico: Poemas -> Saudade
| Minha linda sereia de sonhos encantados Hoje lembrei-me de tuas caricias Hoje lembrei-me e contemplei o nosso belo passado Adoeci, minha linda sereia, adoeci Talvez eu não conseguirei terminar esta carta Escrevi tantas, doces como o tocar em uma pétala Tantas, que me fogem, com a pressa De encontrar tua dona, linda sereia, minha dama.
Os meus dedos, outrora combatentes ávidos da solidão Hoje estremecem perante o vazio dos anos sem ti Em meu coração, sereia, ficara à vontade e, logo, se fora Linda sereia, entristeço-me, sem limites Às vezes acordo quando estou prestes a sorrir, Por vê-la, linda sereia, em minha preciosa imaginação.
Lágrimas, fora tudo o que meu caderno recebera de mim Borrões escondem dedicatórias, escondem minha aflição Espero, linda sereia, que esteja à minha espera Oh, minha linda sereia, quero senti-la Assim como naquela breve primavera, que lhe fiz a promessa Promessa aquela que se rompera com a tua partida Ah, que desejo incontrolável de gritar o teu nome, em desespero Envelheço abatido, triste, com apenas versos sofridos Almejando reencontrar contigo, linda sereia, me condeno Em te apreciar em devaneios, em ilusões feitas pelo tempo Linda sereia, poeta não sou e jamais serei Pois, sem o teu amor, me torno um ninguém Linda sereia, sereia minha, espero que ainda me ame, Pois te amo tanto, que consigo vê-la em quaisquer cantos.
Ontem presenciei uma cena tão bela, nostálgica Dois jovens apreciando os campos floridos da praça Prática essa esquecida, e levada pelo vento, uma lenda mística Mas, minha alegria deu lugar a lembranças de uma vida perdida Ah, se tu ao menos me enviasse cartas, Como aquelas que outrora me alegravam, simples e descuidadas Não se preocupando com erros e com as palavras.
Amarei você até que a última rosa toque o caixão Paixão, deixarei para traz uma vida sem direção Pois minha musa, minha sereia, se despedira sem prévia comunicação.
Escrevo, como sempre o fizera E, em solo fértil, quebrarei minhas algemas Meu amor, que saudade de suas peripécias Que saudade de nossas conversas.
Escrevo, como sempre o fizera Esperando abraçá-la novamente, minha doce donzela Esperando abandonar este mundo de trevas, E retornar aos braços de minha Bela Despeço-me, por hora, de ti Venha me visitar algum dia, sim? Estarei aqui, na cadeira que grita sua velhice Estarei aqui, assim como um dia você dissera, como um "cãozinho" Querendo mais que tudo o carinho e, tenho certeza, Que voltarei para ti Minha doce e linda sereia.
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