
Acorrentado a correntes que não posso ver
Data 16/04/2019 01:47:58 | Tópico: Poemas
| Atravessando madrugadas, predestinado a estar sozinho permaneço. No tempo da seca das vacas magras de campos com flores que não florescem. Despercebida, a vida segue em frente. Sou o presente do meu ser, tudo está parado como as águas fedorentas de um pântano.
Eu procuro por algo poético eu procuro por novidade, será que o mundo não consegue me surpreender mais ou o chato aqui sou eu?
Desisti de um amor que me doía, pelo menos me rendia ótimos poemas e ótimos poemas é eu me sentir vivo, é a vitalidade é o sofrimento e a angustia, a poesia e a criação. É um espetáculo sobre a frustração, apresentada em pele branca e lábios vermelhos, escorrendo por meus dedos. Como toda boa fonte que fora sentenciada, a seca alcançou. Meu lábios estão rachados meu estomago, faminto minha esperança, morta, executada por um pelotão de nazistas que passaram por aqui.
Quero colher o que vou plantar, mas não há nenhum solo disponível para minhas sementes, nada crescerá, o sol está forte. Tudo é cinzas, se desfaz com o vento. Não chove a dias, minhas olheiras aumentam minhas companhias diminuem.
Aguardo pelo dia em que me sentirei livre dessas correntes que nem ao menos, posso ver.
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