
Um copo de Itaipava um guimba queimando e meu cérebro trabalhando
Data 16/03/2019 17:40:45 | Tópico: Poemas
| Em goles. Doses. Tragos. Pausas e boa música. Autodestrutivo. Fazer o que? É que me sinto mais confortável assim. Com tudo meio dormente.
O lobo está em seu momento não interrompa sua conversa com a lua. O uivo é melancólico com toque de saudades. A lua contou que nada será como era antes.
O vento levará bons sabores para longe. Estamos em uma constante perda constante ganho constante reciclagem.
Minha caverna. Proteção e visceral imersão. É bom passar alguns dias na luz do dia de boas companhias.
Um descanso. O abrir do cadeado dá ancora que me afunda. Afunda. O colchão parece cola. O peito com todo seu vácuo. Um buraco negro. Tenho coragem para enfrentar qualquer criatura que vier dessa escuridão. Porém me assusto como todos. Não importa o quão forte se ache. Uma bela mulher de cabelos pretos. Curtos. Pele branca como as luzes dos postes. Sorriso e sorriso.
Sem encostar um dedo sequer sem intenção me derrubou como uma criança com suas pernas fracas. Bati cabeça e chorei. É que sempre de alguma forma... algo me força a pensar nela pelo menos três vezes ao dia. Tomo um clonazepam. Saturado. Fugindo do paraíso escrito: Não pise na grama enquanto meu peito me implorava para me deitar e aproveitar da paz que eram as tardes de sol escaldante acompanhado de sua presença.
Que droga é essa que você exala? Porque me sinto tão alto? Tive que manter os pés no chão estava difícil respirar.
As noites não se tornaram mais solitárias. Durmo apenas com uma almofada quadrada sou meio egoísta. Apegado de mais.
Nenhuma que por mais bela que foi, ocupou os malditos responsáveis por projetarem pensamentos frustrantes enquanto era para eu estar teso. Socando aquela boceta.
A procuro em outros corpos. É um processo desconfortável. Então mantenho o quarto vazio até que se esvazie meu peito e empoeire e não haja nada para se sentir falta.
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