
7º Solílóquio (Árvore)
Data 28/12/2018 18:58:51 | Tópico: Poemas
| Sempre que batem entre si As folhas da árvore cantam Em brincadeiras de miúdos Lembram um olhar que sorri, Daqueles que se alegram Entre dois beijos mudos
O sol, que desponta pela manhã E ilumina lentamente este dia, Grita e abraça o mundo inteiro Entrelaça no chão doutro amanhã O chilrear dos pássaros que ouvia Nas velhas carumas do pinheiro
A tua mão, que desabrocha nua Na terra ainda húmida e folhada Chora por não ter outra igual Aperta pedaços do resto da lua Gentil e sem força, quase nada Como um doce toque sensual
Treme o corpo num dia infeliz Com medo de ninguém, alguém, Nem sabe, num estranho receio Que o invade e nada lhe diz Lentos passos, o amor não vem Princípio e fim, sem seu meio
|
|