
A tentativa social
Data 30/09/2018 17:44:53 | Tópico: Poemas
| Cresço e desapareço por ser verdadeiro A necessidade de viver para ter dinheiro Não sou mais que um carneiro A viver sozinho numa vida que me come por inteiro E vivo desinteressado Voltamos para casa para fumar mais um bocado Comemos e morremos até fazer um buraco Eu trago tu enrolas eu puxo O cheiro nas camisolas que murcho luxo O cheiro do nada quero-te mocada Porque facilita a entrada E eu sei que tu sabes Tu sabes as tuas curvas E as minhas mãos nuas Quando fodemos nas ruas As nossas vidas mortas e cruas E a descura e a frescura do morrer dentro de ti sozinho Enquanto olhas o medo à janela e nada volta fico branco, um tanto ou quanto, olhas-me, passas-me o manto esquelético mas eclético ouço o teu pranto, depois sorrias toda a tristeza do mundo e fico surdo. Fico mudo. Fico cego. Levo as mãos à cabeça, sinto a gentileza do teu peito e esqueço o resto.
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