
Dor
Data 26/09/2018 17:03:44 | Tópico: Poemas
| De pétrea nada tenho o que vejo é a discordância feito novelo de lã brincando nas mãos de um gato de olhar terno e manso do oásis o cansaço toma conta feito pássaro ferido que pousa no ninho em busca de amparo para sua sofreguidão espalmada nas mãos que o coração sangra somente alinhada a dor d'alma que faz chorar o ventre pela perda do grande amor.
...
Vezes me escondo atrás das folhas do outono aguardando a primavera chegar escrevendo versos rayantes profundos e distantes que brumam na boreal da vida vivida.
...
há uma floresta guardada nos arquivos manchados pela dor da perda forte e intensa é a voz que silencia o peito mas sei que o girassol tá lá se voltando para a direção certa quando dele preciso mesmo com o abraço apertado e molhado de chuva de inverno ou mesmo em sinais não percebidos devido o intenso trabalho quando os cães ladram enquanto a caravana passa.
...
vezes fico a olha no horizonte para ver se vejo flores em teu túmulo e o que vejo são rasuras de vida rabiscos de desejos e riscos de amor sombreando o dia que antecede a noite Desce o manto da noite escura que amedronta os passarinhos contando os segundos notívagos ofuscados pelo negra paisagem que dissolve o olhar que treme diante da intensa luz que ver o luz do amor apagar e sucumbir no gáudio em que a dor persevera dando asas para a poesia voar.
Ray Nascimento
|
|