
Belle Époque: sonhos, loucuras e lembranças
Data 11/07/2018 16:34:20 | Tópico: Poemas
| "O espaço entre um poema e outro é medido pelo comprimento de ondas que percorrem o vácuo da inspiração ausente"
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Na penumbra do sorriso a lágrima escorrendo pelo ventre, ao vislumbrar o paraíso ancestral, remanescente
os dedos de dunas empoeirados levados pelo vento, destreza desajeitada para poetizar o sentimento
Mas a chuva chegou! Nuvens carregadas de versos, acinzentando a massa que com maestria serve as letras,
simboliza alguns momentos coisas de uma década e meia, repousado no canto da janela a frente de uma paisagem inteira
apreciando o som inaudível das colônias milenares competindo espaço com faróis, combustíveis e mil andares
o vale amazônido que me acolheu a água escura a qual bebi, o sonho de Engenharia que para Medicina transferi
os prazeres e as descobertas do jovem recém-desmamado, na busca incessante dos porquês, querer ser adulto em tempo arrojado
Vieira Alves: um alento, Parque Dez: diversão, Coroado: educação, Centro: aventura, Ponta Negra: rock n' roll
La Belle Époque revelada, percorrida nas rodas de um quinhentos e vinte e cinco, e de cinco em cinco a vontade de cantar
Ao passar pela estação T1, a ansiedade aumentava novas notas a aprender, canções a compor, inspirações a todo vapor
Tarumã era o recinto, uma cabine de estudo e de estúdio, os dedos desenhados em grafite pelo lápis e pelas seis cordas
Paixões, saudades, poesias vazias, cheiros e bebidas, perfumes, fantasias
Lá também descobri que não tinha cacife pra doutor, é uma vida que exige muita retidão, difícil pra quem andava na contramão
[...]
Não parei pra respirar, só agora pude transcrever, para agradecer o acolhimento da capital que pretendo rever
Os amigos que lá deixei, a Universidade e o apê, a Zona Franca que percorri a pé do amanhecer ao anoitecer
By Renato Braga Breve lembrança do tempo em que morei na cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, no auge de minha juventude.
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