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Data 09/04/2018 00:54:27 | Tópico: Poemas
| Henrique Cleier, em mais um domingo mórbido. A rua e seu movimento característico de domingo, botafogo campeão carioca, eu acho, os carros buzinavam em um projeto de carreata, todos uniformizados exibindo suas bandeiras e afundando suas mãos na buzina repetidas vezes, em uma comemoração tão superficial. “Quanta perda de tempo...” Pensou Henrique Cleier. A humanidade se comove Com coisas tão banais.
A praça estava banhada por suas luzes amarelas e pelo céu escuro e pouco estrelado.
Um sentimento de perseguição aflorou em Henrique e Dito, um homem, cabeça branca e óculos escuro durante a noite, aparentava segui-los.
Cada um seguiu seu caminho no final de tudo. As igrejas lotadas emitiam sons de coral. Um homem em uma manta vermelha, como um saco de batata tingido, gritava palavras de superação no microfone e toda a igreja adorava: Gloria a deus! Aleluia! Clamor, todos em busca de algo e de um sustento pois a realidade e horripilante de mais,
se apõem na luz na salvação pois a escuridão é amedrontadora de mais para seus olhos.
“Patético” pensou Henrique. A escuridão existe pela permissão da luz, mas pensar de mais nem sempre é a melhor opção. Tome um banho e reflita um pouco e vera como tudo é superficial e passageiro como a sensação de um beijo que é esquecida logo após uma noite de sono, então porque esquentar tanto a cabeça? Gloria a deus? Aleluia?
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