
Parte II
Data 25/03/2008 23:12:28 | Tópico: Textos
| Parte II
Depois de feitas as apresentações e das condições estarem garantidas, eis que a minha personagem se encontra de novo em acção em prol de uns momentos para questionar… Assim começa a nascer uma equipe de voluntários, cujo único objectivo é acordar as mentes fixadas no concreto lugar. O fórum já fora transformado num ecrã gigante de cinema. Um ecrã universal em que o filme, como uma peça de teatro, pode acontecer ao sabor do momento. Um palco de grandes e inesquecíveis momentos, com a particularidade de proporcionar, aos mais desejosos, a sua grande oportunidade de se mostrarem e misturarem num elenco reforçado de géneros diferenciados. Hoje o filme, teatral, desenrola-se no oitavo ano do século XXI. Hoje e sempre! Na tela aparece a nossa mais bela princesa do jardim da Luso, traz o seu ar cândido e um sorriso nos lábios. O seu pensamento, puro e genuíno, pede-lhe para expressar o seu contentamento, e ela escreve um comentário generoso e lindo. Eis que o Falcão Negro anda em redor, disfarçado de uma ave visitante e vai lendo as palavras deixadas, nuas, e estuda uma estratégia de ataque. Aquelas aves rapinas não permitem que se partilhe sentimentos e buscam troféus de predadores. Outros passeiam pelas ruas de terra batida daquela pequena ilha de um oceano por difundir. E é vida que acontece. Projectada pelas amarguras ou pelas sensibilidades dos actores. O roteiro é esquecido e cada um assume o seu papel integrante na peça que evolui em máscaras de ondas vibratórias. Há personagens gentis. Há uma corte real em que palhaços, contratados a dez reis, fazem números de circo e provocam sorrisos nos espectadores. Há cenas de malícia, e as crianças são aconselhadas a permanecer em casa sem que espreitem o palco, e a tela da virtual novela real… E chega ao ponto em que todos se baralham, como se de um jogo se tratasse, e as figuras das cartas assumem posições. Todos querem ser o Rei dessa película fingida. Eis que as luzes de presença se apagam. A projecção acaba. Porque o responsável pelo filme decide cortar a luz. E os espectadores são convidados a sair daquela sala. E na escuridão os espectadores saem, revoltados, porque estavam na melhor parte e porque desconheciam a causa da agreste e repentina mudança… Eis que chega um aviso! Ameaça de bomba! Cá fora estava um enorme cartaz que dizia:
“AMEAÇA DE BOMBA! POR RAZÕES DE SEGURANÇA ABANDONEM A SALA! LAMENTAMOS O SUCEDIDO E PEDIMOS DESCULPA PELO TRANSTORNO CAUSADO AO QUAL SOMOS ALHEIOS! OBRIGADO. … E não se devolve o dinheiro do preço dos bilhetes…
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