
Reino do que não é meu
Data 23/10/2017 17:20:23 | Tópico: Poemas
| Toda célula se constituirá e apoptosamente se destruirá dentro do que me fora emprestado
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Adentrar num universo com a permissividade do Criador no intuito de laborar pela fictícia ideologia do amor
Encontrar um mundo rabiscado por sonhos, com moradas rústicas dividindo o cenário com palacetes futurísticos
Poder usufruir e dar posse à materialidade exposta fazer brotar o sentimento surreal do egoísmo, deixando-nos nus
E à luz da verdade dos sonhos, revelada pelo que vem antes e depois, repita-se, apocalipcamente, torna-nos ignorantes mentais
O apego congela a percepção de ampliar a espiritualidade, flagelando o cordão umbilical que nos alimenta de ascetismo
O profano coroa a inverdade e, dependendo da dose, envenena a mente, passando a ordenar maus feitos
Todavia, como só estou de passagem, e assim me sinto, traduzido mundanamente como passageiro, verso a brandura e mansidão dos sentimentos, e a pureza do coração que pulsa em favor do bem.
Renato Braga
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