
Sem vidraças
Data 27/09/2017 18:32:54 | Tópico: Poemas
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Acordou dum sono profundo, deu uma olhada na tela do tempo, E alguns sonhos que um dia, julgara lindos, estavam perdidos, Outros; Ah já haviam sido apagados da memória, todos esquecidos. Percebeu que sendo tudo só sonho, poderia continuar a sonhar, Sem que precisasse num novo sono afundar ...
Reconheceu que tudo não passara de palavras, sem melodia. Queria muito mais da vida, andar sem remorsos, queria. Sem o medo de não acertar. Nascera livre como os pássaros!
Pelos seus olhos só passavam cenas de verde esperança, Esta era a cor do seu olhar, a cor da alegria de poder amar. Saía por aí transformando galhos secos em folhas, Em flores belas. A sua casa agora era sem vidraças, sem portas ou janelas. Era chamada de tola, ridícula, sonhadora fora de tempo. Não queria admitir, mas que era melhor, que elas, Disso sabia, e as suas fantasias, registrando os momentos, Escrevia. Não ligava, encarava o seu novo mundo, Encantada com a vida, guardava em sua alma, um jeito simples de poesia.
_ Liduina do Nascimento Imagem - Luso Poemas
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