
Um banquete do todo poderoso
Data 20/07/2017 03:43:00 | Tópico: Poemas
| O tempo estava nublado e meu peito ardia em um pequeno quarto, era como se pássaros estivessem se debatendo por todo meu corpo, eu gritava por dentro ao ponto de meus olhos pularem para fora,
inquieto com todas aquelas chamas perto de mim,
distraída olhando para o celular esperando uma atitude
e minha mente me implorava por uma reação nocauteado pelos meus medos era uma luta perdida, até que sua hora de ir chegou tudo ficou mais frio e calmo, mais uma oportunidade fora desperdiçada e o arrependimento me torturava pegando dedo por dedo arrancando um por um rindo, rindo muito.
O destino me mostrou que o problema não está nele, as oportunidades sempre me são dadas,
antissocial, não sabe sustentar uma conversa, me matava internamente a cada segundo chorando pelo leite derramado praguejando aos deuses por minha natureza covarde,
uma grande corrida de cavalos atormentava meu estômago.
A vergonha tomou conta mergulhado em um sentimento de incapacidade e uma enorme vontade de socar minha cabeça contra a parede até meus miolos se espalharem pelo chão e que as baratas se alimentem,
façam um verdadeiro banquete gritando a todos: “O grande deus todo poderoso nos proporcionou uma grande banquete! Miolos de um fracassado, COMEMOREM!”
Juntei meus pertences e caminhei de volta para casa, minhas pegadas ecoavam em meus ouvidos, em todos os cantos escuros portões com flores janelas e lojas e bares, eu me sentia observado
sons de motos e carros e alguns cochichos passos acelerados atrás de mim,
olho e não vejo nada me sentido perseguido por uma sombra, sombra de um impotente que se envergonha ao se sentir incapacitado, atormentado por vozes um solitário que despeja toda sua solidão em forma de poemas.
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