
Fora dos trilhos - Lizaldo Vieira
Data 22/04/2017 02:23:24 | Tópico: Poemas
| Fora dos trilhos. Por Lizaldo Vieira A cidade que é feita de gente Por iSso jogam fora Fauna Flora Água potável Desprezam e maltrataram a biodiversidade Parece aliviar se dos problemas Assim diz o sistema Mais os grilos denunciam Algo estranho Prenúncio de desordem Vida sem brilho Fora dos trilhos Ate o céu cinzento denúncia A tristeza Pois perdeu a cor A chuva que andada a jato nas minas Agora não lava um prato Os campos não são mais produtivos Só veneno dita a regra Tudo é poluição Desequilíbrio Desqualificando os sonhos Nadando na contra mão Tá vendo aquela grota com esgoto Ali corria um rio cheio de vitalidade Mulheres pescavam Lavavam louça E sujas roupas Naquela lagoa seca Antes tinha gente nadando Navegação Animais bebericando Na mata do cipó Tinha bichos Nascentes cantando . E guigos aos montes Pulando de alegria No riacho das pedras Só corria água limpa Agora tá cheio de lixo e lodo Cadê o riacho da aldeia Que não mata mais a sede ninguém A grota do bigode está mofando O que fizeram com os rios e ciliares Com tanto calor Mais nadou restou Do que tinha de amenidade Porque não nós acodem Dessa vasta desumanidade Nosso lagartixo Por pouco não virou rio morto Por queimadas e vinhoto E o velho e bom japaratuba Que nada mais é Que uma miragem perdida Nas lembranças Um moribundo pedindo socorro. ... De qual futuro Falamos Se tudo é retrocesso Mesmo com bla bla Nos encontros de boas ideias Contudo Nada mais que velhas estórias recorrentes Discurso pra bananas e tolos Engana tolos Faz de conta que resolve Também Se não está comigo Não está com ninguém E eu com isso Nem com aquilo Pouco importa a última gota O importante é a grana Que transforma coisas belas Em trunfos de miséria Seja qual a interpretação Vê se toca manés e zabes Façam o que tem de fazer Agora Ou então deixem de lorota Pra enganar vacas e presépios O senhor tempo Não espera Só reage E a nós todos condena Sem dó E sem pena
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