
Café com Soneto
Data 12/03/2008 15:45:36 | Tópico: Sonetos
| Após longa calmaria, eis que chega sem alarde, Cruzam-se os olhares, as mentes — talvez uma dança? Finda-se a banda e, tímido, apresenta oposto como semelhança. Sedutoramente inteligente... Começamos a bailar, assim, tão tarde?
E ao compartilhar de uma mesma virtude, ou seria de um mesmo vício, Calou minhas dúvidas com um café muito bem acompanhado. À mesa sentaram-se Neruda, Pessoa, Chico, Vinícius, Machado... E se a química transcende o intelectual, despedir-se é um sacrifício!
Longe, penso se me verá à Drummond, sua Itabira na parede... — Calma, senhorita! Ainda é muito mais cedo do que imagina. — É hora do café que me embriaga e não sacia minha sede.
Da janela, vejo a chuva refrescar os pensamentos com seus pingos. Peço uma xícara de literatura com beijo (Essa ressaca de cafeína...) Melhor só escrever, sem saber se após tal Sábado virão Domingos...
|
|