
Então, enquanto chove...
Data 14/02/2017 16:52:35 | Tópico: Prosas Poéticas
| Então enquanto chove as palavras desprendem-se no vazio pingando no destelhado zinco das tristezas Ausentam-se no frio da noite em chuviscos de amor varrendo as solidões numa subtileza de palavras sufocantes expostas no currículo do tempo assim…tão aliciantes Então enquanto chove até as lágrimas em silêncio vertem cada soluço da alma refém absorta no vai-vem da vida declinando a cada raiar de uma brisa se decompondo num sussurro breve, seduzido…ao abandono Então enquanto chove te ofereço a madrugada por inteiro Exalo todos os perfumes do dia nascendo na eloquência de um beijo sorrateiro Promulgo toda esta saudade que perdura açoitando a memória de um verso galante e torrencial que ofereço com ternura Então enquanto chove Os gestos de outrora são a lúdica paisagem do teu ser que abordo em cada hora guardada no túmulo do tempo loucamente disperso num sonho que recordo Então enquanto chove é tempo de escutar os ventos espremendo suas nuvens até pingar em nós todo o imenso e licoroso aguaceiro que desaba no silêncio unânime,transladado…qual incenso É tempo de conceber a vida numa pareceria de odores perfumando a lassidão destas estrofes dotadas de uma inspiração quase crucial Pintar um desejo intemporal recriado no design deste poema embelezado com as hormanas de toda a estética que me é apaixonante e essencial FC
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