
Portões e silêncios escancarados
Data 16/01/2017 22:40:02 | Tópico: Prosas Poéticas
| Necessito nutrir cada hora fiel aos meus instintos com a mesma pontualidade com que pernoito na ampulheta do tempo vagando faminto enumerando todas as cumplicidades onde as palavras se acoitam temperando o ritual e o cio das nossas fantasias aprisionadas nas esquadria dos meus silêncios
Enquanto o sol escalda meus versos perdidos no oásis das solidões matreiras vislumbro o ténue e solitário rasto de um arco-íris que povoa o martírio dos meus silêncios betumando cada gomo de breu encobrindo a noite desesperada com versáteis beijos lambuzados de amor e metáforas tão inesperadas
Olho para o tempo com a mesma linearidade de outrora descubro o inesperadamente em cada memória encenada na hiperplasia dos tempos ou na efeméride das palavras quando me infiltro de ti periodicamente até me sentir todo ao rubro…integralmente
As horas parecem intermináveis e tamanhas assim que soletro teu nome num pensativo segundo na brevidade do vento que se contenta com mil perfumes deixados por ti na ociosidade do tempo
Deixei outros enredos acorrentados numa poesia agasalhada generosamente à navegante lua que palmilha a mesma noite onde em lugar nenhum sei não te encontro pois o termómetro dos meus pensamentos abriga segredos que nos olham de soslaio felizes…perpetuando a imprescindível comunhão de desejos que ali extraio
É tempo de renascer para a vida recriar ainda teu ímpar sorriso até usurpar todo aquele perfume decantado num poema circunscrito na fatalidade dos meus silêncios
Empolgar cada desejo do tamanho do mundo onde milimetricamente seduzido me hospedo ensopando a expressividade dos abraços que deixaste na afiada lâmina do tempo repleto dos meus malabarismos poéticos
Hoje abro os portões ao amor oriundo da cumplicidade dos nossos corações Reinicio tudo de novo como o dador da vida no infinito exático pranto exumado, ressuscitando serenamente onde investimos para um destino além de tudo verdadeiramente, estético… e fantástico
FC
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