
Riacho doce- Lizaldo Vieira
Data 07/10/2016 20:10:25 | Tópico: Poemas
| Riacho doce - Lizaldo Vieira Meu rio secou Meu canto de pé de serra Sumiu com o chuá chuá das nascentes Cadê animo A vida de mãe SEREIA dançou Ciliar morreu Correnteza cessou Tromba d'agua não veio Apito do Saveiro Calou Meus olhos marejam De pena Cheios de dor Por tanta malvadeza Quem cantava Agora chora O peixe Água boa de beber Caíram fora Fim do ciclo das límpidas Ponto de parada Das cachoeiras torrenciais Guarda a rede Ó pescador Se o rio não tá peixe É porque algo de errado Chegou Falando grosso Bomba sugadora Irrigação desenfreada Transformando em tudo Em nada vale o reclamo Chora o bicho com sede A lavadeira com a roupa suja ficou Foram embora o saracura de brejo O galo de campina bateu asas Nem mesmo para contar a história inglória Sapo cururu Jesus meu deus Naquelas paragens Nunca mais voltar Tudo agora É neca de pitibiriba Tchauzinho Doce rio de nossas vidas
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