
Fortificação
Data 04/10/2016 21:16:42 | Tópico: Poemas
| Tanto tempo que não te escrevo, Que não alimento esta relva lírica Não vou de rima rica, pois percebo Que o medo que não mata, fortifica.
Senti saudade tuas e ainda te espero Para dançar um bolero em noite escura Porém para cura existem certos mistérios Como diz o adágio: " água mole em pedra dura..."
Perdoe-me se não faz sentindo o que lhe digo Mas, meu amigo, a escrita é assim, terna aventura Que qualquer criatura traz em si desde o umbigo Desde que tenha um pouco de graça e ternura.
Mas o que é que eu dizia mesmo lá em riba? Ah! Do tempo que faz que eu não te escrevo... É que andei, peregrino, pelos locais mais ermos Deixava descansar minha memória de escriba.
Todavia saiba que te trago em papel de fitas Coloridas dentro do meu peito meio fadigado. Não sei se lembra quando eu fazia letras bonitas Ultimamente nada tenho tecido nem confeccionado.
Estou envolvido numa estrutura de alvenaria A neve vai polvilhando meus cabelos negros O futuro já chegou e já está se tornando passado Mas sempre hei de lembrar de ti na minha... poesia!
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