O amanhecer é lindo - Lizaldo Vieira
Data 21/09/2016 04:15:59 | Tópico: Poemas
| O amanhecer é lindo – Lizaldo Vieira
De tão belo
Esbanja no tom vermelho
Sacudindo a poeira
Dando a volta por cima
Nada mais belo
Poético
Magistral
Parece a aquarela do Brasil
No canto de Clara nunes
Desacordando os grotões
Soltando o verbo no congas
Acendendo lareira na escuridão
Dos porões brasileiros
Bocejando o abrir dos olhos
No buraco onde a coruja dorme
Dando ritmo ao desanimo
Creditando poesia nos sermões
Das sete palavrar
Pegar o primeiro sol a mão
Faz um bem danado
Encher o pulmão de ar puro
Feito caldo de mocotó
Desperta até cadáver
Ligar pra vida
De braços dados
Fica bem na fita
Macaco guigó
Saltitando no galho da pirunga
O bicho tá solto
Feito saci Pererê
Sorridente igual a pinto no lixo
Como o girassol
Ver mãe terra feliz
Por entre as galáxias
Vibrante
Renovada e pulsante
Como pássaro em revoada
Tudo respira poesia
Nos quatro cantos de gaia
É só alegria
Tudo parece sonho
O verde bailando
Os vales e campinas
Vaidosos estão
Com tanto ar e sabedoria divinas
Nada de mentes sonolentas
Que nada de simples amanhecer
É muito frenesi
Pra pouco entender
Muitos anúncios de ritmos
Vibrantes chegando
Soltando no bailado a cabeleira dos ventos
No arvoredo também já é de manha
Bichos se beliscam
Pássaro sacode as penas
Enquanto a praia
Preparasse para bronzear
E tingir o mar de morenas
Não há quem não desperte pra labuta
Ate a preguiça cansou de dormir
Motivada por ela
A primavera chegando com festa
Ta na hora do galo cantar
Acorda meninos
Vem pra escola meninas
Coisa boa aos tubos
Sangue bom aos borbotões
Como são e gostosos
Os sabores do amanhecer
O perfume das floradas
Invade os campos
Abelha não o que lamber
Esta no a temporada dos bons aromas
Tempo novo com vibrações positivas
Chegou pra soltar a franga
Mandando avisar
Que vai rolar a festa
Nessa tudo mundo dança
Velho
Menino
Criança
Pra sacudir a poeira
Dar a volta por cima
Porque pro bem viver
Nessa roda todos dançam
Porque a roupa do baile
Está renovada
O motivo pra cantar existe
E não há de faltar
|
|