
Sobre não te saber ao fluxo da poesia
Data 11/09/2016 18:35:28 | Tópico: Poemas
| Do que te digo e não sei, me atrai o desafio, haverá segredos e revelações; exige mais que apenas sublimes palavras, entre enganos e manifestações. Saber-te a essência é impossível, isso se revela tal varrer para baixo das alfombras as lágrimas que dão à alma a inspiração, o estro de tantas poesias inauditas. Acredito na beleza incorruptível de um verso tecido nas sombras, digo e vejo no que não leio nas apagadas linhas não escritas.
Sentimentos nas sombras há de haver, dizendo ou não da alma alheia, pode haver grande beleza, quando se a leva de toda cheia. Todos acham que se conhece alguém pelo estro que rega a poesia, quando o sentimento se executa uníssono ao som da mesma melodia. Há desvios, ao desconcerto, revelam-se almas mais amplas, troféus, de tudo que não se diz quando se pensa que não é, não há nada mais maravilhoso sob estes mesmo céus, que a mulher amadurecendo sonhos alvissareiros, ainda que na firmeza negar a psiché; porquanto a se arriscar ao engano, tão profundo como o fundo do mar, se da boca não saem palavras reveladoras, da poesia em fluxo não há nem poder ignorar.
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