
Soneto do ignorar nebuloso
Data 16/07/2016 01:49:52 | Tópico: Poemas
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Mesmo que não saibas, pergunte a si mesmo, o quão fácil é ter despojada a alma da casca; depois mergulhar no vazio, de tal andar a esmo, haverá de dar vazão ao abarcado na rude vasca.
Perdei a esperança ainda que esteja tão louçã, deixes os que se vão seguirem como às tabelas, como já se sabia no dizer do adeus à anfitriã, virá da noite no sentir que das vitórias anelas.
Não abarques seja desta época a premonição; mais dolorosamente, enquanto o argumento, quando o odor de betume impregna o verão.
Envolvido sem tato naquele proceder venenoso, enquanto anoitece não saberá porfiado lamento, terá a ser suficiente - e não ignore será nebuloso.
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