
Soneto do cão adestrado a sicário
Data 31/05/2016 23:15:55 | Tópico: Sonetos
| Congelado no mistério das prontidões fantasmagóricas, agitando arrebatados rotos trapos dos teus pendões, acobertas-te nas rudes letras de convenções retóricas, tecidas nas rocas das lâmias golfando aos borbotões.
Pressinto o ódio que urdido desse instinto temerário, dá-te as necessidades do cão adestrado nas idolatrias, vigilante a ouvir os clamores do amo, és tal o sicário, cauto ora deslizas em tua trilha medíocre de agonias.
No estertor, só te urge apegar aos incautos recentes, na messe alheia imiscuir-te garatujando glossários, néscio cogitas assim estares conectado aos assentes.
Jamais, sob as cores vivas d’um arco-íris categórico, no céu da manhã deixarás solerte longe os fadários, o anelo obrar medial será a mútua lida em histórico.
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