
Abrigo seguro da chuva e do vento
Data 27/05/2016 14:08:40 | Tópico: Poemas
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Um poema de Miqué Di L'Atrólloggus
Queria ter conseguido construir abrigo seguro da chuva e do vento em vez de apenas me iludir, cavar um poço para minha sepultura exposto inclemente ao fogo que não se apaga no meu coração que não bate mais.
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... lamentos do céu torvo sufocado no negrume e o sol na escuridão sufocado -é o inferno na terra] . . .
arrebanhando pesadas nuvens de tempestade o vento morre afogado . . .
Não haverá abrigo do brilho da lua que não incomoda das estrelas que não caem de um o sol que jamais aquece deste vento que nunca me toca a da chuva que não molha não temo a morte mas os dias que a antecedem
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[não tome meus versos como eco dos golpes de um machado na madeira destruindo a vida. sou poeta canto a vida que vejo na morte fria na escuridão total do colapso de ilusões] .
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Agonia depois de dias de pesadas, há nuvens de tempestade. Continuo surdo ao chamado dos pingos que batem na vidraça sem ver os pássaros sem nomes que não voam através de janelas fechadas que não refletem o exterior . . .
[sempre sorrio quando a palavra é séria ao luar se chover a alma pressionada por uma pedra faz esquecer quem fui para lembrar quem sou] . . . .
Apenas um sol negro e frio do tempo da escuridão nasce, e da escuridão e frio sem abrigo para sempre será. 27052016
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