
mágoa
Data 27/02/2008 10:22:15 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| O veneno das palavras gota a gota. Fumo o fumo que um dia já foi teu. Princesa do desalento A vida era um fio de água como arabescos de mágoa cortando a calma das horas.
Tinhas sonhos e uma estrela apagada pela luz da realidade. És Irmã Sorôr Saudade Doce, triste, abandonada por caminhos que não viste perdida na estrada errada.
Versos calados que ardem na indiferença Labaredas de uma alma inanimada, que viu reflectida sua doença. Nunca tiveste esperança - não a vias Ninguem calou a dor que não podias ninguem te disse que o fim era nada.
O coração de uma mulher é um oceano profundo, de mistérios e segredos um grito, um acorde no piano A dança. o exorcismo dos medos.
<br />Há algo que não posso recordar nas mais belas palavras que escreveste. Os teus versos amargos sepultados são todos os olhares dilacerados e foi só para os sentir que nasceste.
Também falo sozinha - outras histórias Atravesso a muralha da saudade que me atira para alem da eternidade com o veneno antigo das memórias.
Tinhas nome de flor e eu de rainha Já percorremos um jardim iguel Tão bela lusitana, mas sozinha lançando o olhar ao céu de Portugal.
Amargas noites - lágrimas da Lua que a alma derramava sem se ver. Chamando,implorando o impossível que nunca deixaria de o ser.
Chora criança louca e crente e a tua loucura é imortal apática, vazia, decadente vida em que o tudo ao nada é igual.
O meu sonho mais belo é um momento que a mão do tempo não quer apagar. Invento-me naquilo que não sou Sem rumo, já não sei para onde vou. Em mim tenho mil vidas paralelas O pensamento alcançou as estrelas como se todas fossemos irmãs. Com elmos de ouro, o cetim das manhãs.
Tenho o destino traçado no céu Doce loucura ir contra a humanidade Olhar-me no espelho da verdade E assumir feliz - assim sou eu.
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