
Soneto de dar ao óbolo a cor
Data 30/03/2016 13:41:47 | Tópico: Sonetos
| Pareceu por demais patético posto nunca fora excelente, talvez demais ora agastado tanto pelo proceder suspeito. Não lhe pediria às musas inspiração, quer tom plangente, receba o que planta, acolha aos trapos lá o maior defeito.
Nego às ásperas messes tais as benesses da vida corrida, como se devedor fosse sujeito dar aos óbolos a cor violeta, nem me ocorreria agradecer, cada qual às labutas lapida, quando a alma é tacanha a mente se limita à cançoneta.
Mesmo que se faça luz, as palavras não serão desempate, foi mesmo o que adveio, apenas não aponto qual é assim; - vate diluído no torto oficio, de letras abatidas alfaiate.
Versos míseros no tempo se dilui a clemência prostituta, c’ alma ferida a procurar abrigo no universo qual botequim, derrota da mente carente ante o caos de ingente disputa
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