
Em cada um quase um irmão
Data 02/03/2016 17:39:18 | Tópico: Poemas
| Não me atormentem essas visões, ao ruído seco das armas disparadas; o fogo brotando das raias abrasadas entre imprecações e exclamações findas na boca dos mortos de olhos abertos.
Creia em mim! Sou escravo das trevas luzes não se acendem mais nas profundezas do coração. Trago a alma entorpecida pelas emoções rebeladas, tempestades de paixões viciosas.
Creia em mim! Neste silêncio que faço reverente ... nos gestos. ... nas palavras quando ditas, sem que sejam orações aos mortos na hora santa.
Eis que muitos dos que conheci, aqui morreram antes de ver o sol brilhar sobre as baionetas caladas saudando um pavilhão na praça. Não os conhecia então, com o tempo, as agruras divididas, em cada um quase um irmão - alguém que por mim derramaria lágrimas e cerraria minhas pálpebras para que a alma encontrasse o caminho da Luz.
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