
Bebendo uma caneca de vinho
Data 27/02/2016 13:29:25 | Tópico: Poemas
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Ecos não ressoem por mim não voltarei... Mantenho-me como antes de uma primavera, na cautelosa espera, observando as folhas mortas cederem aos caprichos do vento, deixando-se levarem flutuando ao sabor da brisa outonal. Somente estarei de volta, quando cessar a chuva nas trincheiras - a lama não mais absorver o sangue tisnado; depois que a neve for varrida das lajes das sepulturas.
Então haverá um tempo de trégua, a cessação das mortes, um tempo para repouso da alma. Esquecer tantos dias ásperos para acreditar nas verdades que um dia houve em mim.
Até que esse dia aconteça, deixarei amigos ansiosos a esperar para comigo sentarem-se ao fogo bebendo uma caneca de vinho em louvor às almas do que partiram, a despeito da morte que ainda ronda e poderá adiar esse encontro.
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