
Presságio
Data 12/02/2016 22:00:40 | Tópico: Poemas
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Mesmo no frio do outono não cessam as raves, nem a palha do milho polindo a pedra, retirando suor e musgo, prestes a fundir-se com o solo, recebendo energias dos totens erguidos em lugares ermos.
Um toque no céu rouba o brilho de um sol ainda frio e apático, cedendo céu à chuva e flocos de neve temeroso do trovão sorumbático. Bem sei que não bastará tocar as árvores para enlouquecer os sentidos tortos, mortos sob as asas do corvo mesmo por que as bagas dos parreirais jamais enfrentem com denodo a força da mó dos lagares.
Então, digo isso e vou saindo deixarei uma trilha de impressões pessoais dois pulmões como vales negros impregnados por camada de alcatrão do fumo do tabaco. . . . .
na trilha maltrapilha não há antídoto contra a tristeza detesto números maçantes mas esqueci de renovar o seguro da alma.
. . . .
Entretanto vou partir mais cauteloso, lembrando estar no meio da poeira impregnando a jaqueta com a terra que devolverei à terra logo mais, restando nos olhos ledos, lembranças... esperanças... inseguranças
. . . . . . . . e todos os medos.
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