
No aconchego dos silêncios
Data 31/12/2015 20:41:05 | Tópico: Prosas Poéticas
| Sopram os ventos parindo ondas banhadas de luz indagando cada aconchego nos meus silêncios Propaga-se o tempo e penso já desatento onde pernoitam as saudades calando cada vigília trazida nos ventos ágeis das nossas cumplicidades Na inquietação das memórias não deixo adiar um dia qualquer fascinado na paisagem que chega breve perdida em vadiagens Reporto à vida que floresce como uma tela pintada se vivifica tão predestinada com a invocação desta poesia que tateia a noite sustendo suspiros de serenidade enquanto me aconchego na cortina esquecida do tempo Não importa mais desarrumar o vazio onde me encontro basta só habitar-te silenciosamente clonando cada gomo formoso de luz que tantos gracejos paridos invocam no improviso da imensurabilidade da vida com que te festejo Basta deixar-te apalavrado o gesto de boas vindas descansando nessa maravilhosa luz despedindo-se do dia num adeus indigente deixado no gueto dos nossos lamentos timidos e tão literalmente complacentes É tempo de perfumar todos os aromas vindos na solvência primaveril do dia É hora de aplaudir todo o despertar quotidiano onde imortalizamos nossos sonhos mais tácitos exauridos na revelação da vida peregrinando súbita pelo aconchego dos meus silêncios incautos… sem mais indultos, avassaladoramente (in)suspeitos FC
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