
Nosso destino não cairá - Lizaldo Vieira
Data 31/12/2015 03:13:16 | Tópico: Poemas
| Nosso destino não cairá – Lizaldo Vieira Será com o suor sagrando Quem bendito Somos nós Entre as mulheres Nossa tenda O cimento do tempo cristalizou Com grande fortaleza Se ergueu O sucesso de nossa gente Tá em jogo Nunca perecerá Não vamos cair no engodo Pra lograr o lodo Do tinhoso Espreitem Vasculhem o quanto quiserem Mais em tuas garras de abutres A segurança dos pés de chinelo Não tombará Nem cairá em tua arapuca A soberania popular decidiu Ela me representa Representa-nos Deixei minha digital Impressa na história do duro tempo De independência Apesar de traído Foi um tirador de dentes Legou-nos O meu O seu O nosso jeito de país Com vários tons Sons Amores Dores e cores É nosso direito decidir Por ser feliz Doa a quem doer Vendilhões Lacaios Ou grilhões Pra vocês Tá aqui Ó Uma pá de cal Em seu olho gordo Yes Nós temos tapioca Caju e rapadura Pra dar e vender Vão direto pras profundas RABUGENTOS Coisa ruim Purga de porco Larguem nosso pé Sumam nas ondas da maré alta Devolvam nossa praia limpa Com tuas aguas límpidas Cristalinas Lavadas por Iemanjá Deixem tudo que é nosso Em paz Minha terra Meu céu Meu mar Só os bárbaros São incapazes de não reconhecer A travessia do tenebroso A que nos suportamos Sofrendo na pela Na carne E na alma sucessão De preconceitos Um a um Estamos derrubando Apesar do revés Provocados Pelo complexo de vira-lata Aqui não há mais lugar Para os defensores do quanto pior melhores Aqui sou eu Povo decente Abençoado por deus Conquista da luz Apear da noite escura Estamos na rua Defendendo a terra de deuses Santa cruz Vera cruz Minha aquela Não perecerá Temos povo bom e santo Só pensa em ter direito De ser feliz Na terra que produz de tudo Pois em se planando Tudo dá Até mana e mel Apesar das tantas tempestades Da puxada do tapete Por uma elite infeliz Acostumada a malversar O patrimônio Liquido E certo Santos do pau oco Só pensam em sugar Explorando a massa miscigenada O sagrado sangue da plebe Cansou de em vão Ser derramado Pois nada lhes vem de graça Até um simbólico cartão Arma poderosa Do onde Chegar-se-á ás rosa Apesar dos espinhos E de longos descaminhos Preparados por má fé Ainda tem gente perversa Indecente Poderosa Abjeta Querendo roubar sonhos Tomar levar o pão De milhões de desvalidos Tomar na tora Sem pena A tinta da pena De quem decide em nosso favor Chamando de esmola Nossas salvas vidas Que ensina a pegar o anzol Á caminho da escola Crianças não dependem mais de bandidos Nada estava escrito Nas estrelas Tão pouco Nas tábuas de Moisés Que teus verdadeiros filhos Nunca deixariam Sanguessuga Secarem as oportunidades Porque esse troféu É da nossa contra Lutaremos contra A quem nunca nos deu Régua E nem compasso Para trilhar o caminho seguro Cadê chance de um endereço Para esconder a cabeça Um prato de comida Na hora certa Uma cama quentinha Mesmo de camboatá Uma creche pra ninar Os filhos teus Terra da gente Agora que tem quem tome conta E dando conta Por isso Querem tomar Arrancar com unhas Destes afiados Por tudo isso Agente protesta Vai a luta Defende o projeto Por inclusão pra todos Ainda temos certeza Com tantas incertezas A enxurrada de maldade Grilhões E sofrimento Vai passar
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