
crónica de uma queda
Data 07/12/2015 17:08:27 | Tópico: Crónicas
| Afigura-se um dia pesado, sem jeito para rimas. Compassado pelo passar das horas, o peso da negritude ameaça o andar cadente para a noite qual morte anunciada aos primeiros raios de sol, como tambores a rufar… Dá tempo que se reze aos santinhos de improviso! Sem jeito para improvisar, essa tem hora marcada. Não há hora como a da morte. Um abraço sólido, sem tempo para arrependimentos, só esse interregno de visão passado. Um tempo que se desmorona, outro sem descoberta, ali aberto aos nossos olhos mas sem vislumbre. Pode existir doçura nesse abraço, como um penhasco sem fim… Ou aqueles sonhos em que despencamos de uma altura sem ver o fim da descida, só o terror de cair… E cair… E cair…
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