
Insónia
Data 06/12/2015 12:30:32 | Tópico: Poemas
| Durmo no quarto da realidade de janela aberta Sem descansar o pensamento, sem nunca desafinar a engrenagem Para aliviar da mente o peso do corpo atirado ao sono. ... Trago uma criança inquieta pela mão ainda por nascer Que me arrasta o cansaço de um lado para o outro Entre frenesins de porquês e horas que não sei responder
Trago uma criança inquieta sem ilusões à fila dos dias Que recusa ser gente e tirar senha para viver Que nega vez para crescer e ter consulta marcada Para ouvir doenças e diagnósticos de alguém estabelecido de alguém. Doutores formados, todos eles alunos da minha vontade. ... Durmo na rua das minhas palavras sem me escrever Sem nunca adormecer nos quartos desarrumados da mente Onde, sem espaço, apenas descanso do tempo A insónia da minha alma.
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