
Mistério ignorado - Lizaldo Vieira
Data 18/11/2015 04:10:39 | Tópico: Poemas
| Mistério ignorado – Lizaldo Vieira Porque ninguém sabe nada Não fiscaliza Nem reclama do drama Do licenciamento viciado A mudança de cor No horizonte avermelhado Dá o lugar Ao horror Ao cinzento da morte É instalada a má sorte Quando o drama fatal Naquelas paisagens É entalado Para o bem dos negocias Os bichos sem voz Sem vez E com muita má sorte Já estão sentenciados Pra isso o sol se põe Bem de tardinha Em despedida do horizonte O palco da vida se desmonte Naquele instante Outra caracteriza entra sem sena Começa o dantesco espetáculo De asfixia Pra quem não tem terá tempo De como se defender No caldeirão quente da fogueira Bichos nos nichos Acomodando-se Querendo descansar Em paz Fazer a prole crescer Já 0utros saem da toca Trocando de galho É hora de buscar a janta Espalhada na relva Em toda terra Minada de maldades La vem tatu Cobras diversas Guaxinins Tamanduás Tranquilos e inocente Sem nenhum preparo Pra fugir da guerra Nas léguas caveiras Bichos indefesos Morrerem aos montes Assados Queimados Sufocados Muito fogo E fumaça no ar Língua de fogo malvada Lambem num instante Toda biodiversidade Daquele pedaço O colibri desavisado Não sabe que gente graúda Por sujo dinheiro Pinta o diabo De tudo zomba Credo em cruz Azedou o pedaço Muito fogo no barraco Corre sapo Preá Lagartixa Foge o bicho preguiça Pra onde Tá tudo fechado Vem fogo de todos os lados Tão ferrados Ninguém se salva É fogo malvado Vale muita grande Altos negócios De bolsas de valores O álcool E o açúcar São bem cotados No agro negocio Diacho de bichos vivos Pra que Fazem parte do lucro Depois de queimados Viram adubo Assim estão sentenciados Sem crime algum Foram de morte condenados Viva saúde do mercado Parabéns Ao vil metal Pelo aumento da praga de morte Para os animais em extinção
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