
Soneto do amor transmutado em tristeza
Data 15/11/2015 02:01:48 | Tópico: Sonetos
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Pretendo ter um final apropriado sem mais delongas, e quando a minha hora final chegar partirei sem peso; fiz-me das agruras e pedras das veredas mais longas - soubesse quem me amassou o pão, ficaria surpreso.
Vestirei trajos capazes como os de reger orquestras, não terei mais companhia de um cão, o fiel companheiro, sem queixas, lágrimas deixarei fecharem fenestras, acessos invisíveis incompreensíveis ao olhar terreiro.
Quando tomar o caminho da borda final desta terra, sei que o amor não vai desaparecer como por encanto, em tal ocasião, inda terei o que em você se encerra,
Porquanto, se não posso leva-lo a servir-me acalanto - no mundo desconhecido deverei emergir do pelágico - ficará para transmutar a tristeza como algo mágico.
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