
Setembro
Data 01/11/2015 20:50:00 | Tópico: Poemas
| Como eu preciso de ver os barcos encostados à muralha, acabados de chegar, ou prestes a partir. Quem sabe? Quem me diz?
Como eu preciso dos meus olhos na água, apressados, com a pressa que as ondas têm...
Já devia ter ido até ao cais a que chegam todos os barcos depois do verão. Mas ainda não fui.
Eu aceito. Aceito, mas não sei por que não param os relógios em agosto, quando o mar está chão, o sol visível e a areia quente... Quem sabe? Quem me diz?
Já estamos em setembro, o mês em que as sombras crescem enquanto o lume se apaga.
E eu já devia ter guardado a nudez para vesti-la para o ano que vem, quando for tempo para despir a roupa e regressar.
|
|