
A LIRA E A FLAUTA -- epílogo
Data 26/09/2015 18:51:52 | Tópico: Sonetos
| A LIRA E A FLAUTA -- epílogo Oh musas, silenciai. Vem a noite e está tarde. Há pouco o sol se pôs... Outro ocaso afinal!... E desde o início busca a história algum final, Embora, à escuridão, contemplativo o atarde. Suaves, a lira e a flauta: Adágio em fim de tarde. Se o moderno se furta a lembrar do imortal, Os deuses morrerão de morte natural... De facto, a Hélade havida entre fogueiras arde. Vós, musas, repousais... Há tanto adormecidas! O artista ousara criar, mas não mais lhe compete, Pois mesmo que acordeis, sequer sereis ouvidas. Há ruído demais onde o óbvio se repete!... E enquanto as artes são ao presente esquecidas, A Humanidade bebe as águas vãs do Lete. Betim - 03 09 1995
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