
Bafo de bode - Lizaldo Vieira
Data 03/09/2015 02:50:01 | Tópico: Poemas
| Bafo de bode – Lizaldo Vieira Tudo magi Baile perfumado Forró de candeeiro Mauita cana caiana Pouca grama Zona tonta de cheiro Se tem catinga de bode É festa do pai de chiqueiro Que ronda o terreiro Desconjuntando narinas E anima as burregas Imundice de galinha Não parece coisa pequena Desmanchando reunião das ônus Evacua fila de metro Espanta ate festa de urubu O bicho tá solto Tasmânia Maria-fedida Gambá em desespero Café pequeno Coisa brava De louco Tudo indica que é flatulência de porco Ou boiada em desmantelo Que nada Todos abjetos Vem de lá da cama onde o tinhoso Do inferno perdido apronta Casa das almas em purgação Todos devotos do chifrudo Mijões de fogo Línguas de faísca Restos de feira Protagonistas de senas dantescas Do quanto pior Melhor para o sangue sugas Tem barriga vazia no ano que vem Deus nos acuda Salve o Zé ninguém Desses “cordeirinhos” vestidos de gente Cara e corpo travestidos de semideuses da grana Pão e circo pros bananas Abram as masmorras Soltem os primários Enjaulem os phds Donas dos crimes De fome Prostituição Corrupção Violação Propagadores da miséria nas casas de noca Os canalhas sabem o que Não merecem credibilidade Mais se acham Pouco importa se sobrara ser vivente nas freguesias de hoje E do amanhã Esperando dos bons costumes Os resultados da empreitada que se resolve a super lotação do planeta Ou o bicho vai pegar Antes do fim do mundo chegar Não se sabe quando Enquanto pés de cobra deslizam na relava Chinelos surrados apagam tudo na passagem da cabroeira Desdentados e descamisados Ainda lotam o boteco da garoa Esperando pinga da boa Pra que tudo se resolva Quando o porre do amanhã raiar.
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