
phantasia
Data 14/02/2008 22:40:32 | Tópico: Prosas Poéticas
| Devaneio, sonho, tão normal, tão meu, tão inconsequente não saber o que sinto, tão instintivo gostar de ti, perdido, quando na mente tenho tatuada a necessidade de te abraçar, e se parece tão impossível, viro costas, aponto outro rumo, mas só consigo pensar em voltar atrás, e se o faço, faço-o só para entender, não entender a razão de o sentir, não encontrar o abraço que preciso, acabar a escolher outro rumo diferente, para novamente pensar em voltar atrás, porque não consigo tirar-te da cabeça, tudo acaba por voltar a acontecer, como se nada valesse a pena, de tão humano, de tão mortal, de todas as vezes que me arrependo, todas as vezes acabo por te senti-lo mais forte.
Infantil, tão infantil, como uma escultura de barro, que incompleta e deixada a cozer, acaba perpétuamente deformada, sou assim, incompleto, porque não sei dar a sentir, nem sei perceber o que sinto, porque me escondo tantas vezes por detrás da gargalhada, tantas vezes triste, tantas vezes mal conseguída, sou assim, sempre à espera de alguém, que me tire do luar e me traga a luz do sol, numa espera tão esgotante, que tanto deforma a personalidade que abrigo, mas nem mesmo aqui, ou até aqui, duvido de mim e não tenho certezas do que digo, serei tão incompleto como digo? Ou estarei novamente a esconder-me, por detrás desta gargalhada triste.
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