
A renúncia do que quero, a renúncia do que sou
Data 06/07/2015 00:19:19 | Tópico: Poemas
| É como se fosse um daqueles diques, como um contentor para a água do rio não transbordar. Não sei. Há tempos não vejo um desses. Mas é assim que vivo. Sempre a conter. Conter a mim mesmo.
O querer, aquela, pois só vejo ela. Sinto, eu aqui, a renunciar. Não deixo um dia sequer passar: de chuva, calor, colorido ou cinza. O que faço é isso. Renuncio.
Pela ordem social, pela culpa, pelo medo, pelo dia nublado, por amor também, não faço o obvio. Então, mato um pouco de mim, mato um pouco a esperança, Não tenho mais para onde voltar.
Os dias chegam, prometem mais, como sabem, desisto deles. Espero alguém ou algo, fazer o que não faço. Renuncio de novo, renuncio o sonho, desisto de mim, morro mais um pouco. Todo dia.
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