
Fluindo em ti
Data 17/06/2015 17:51:30 | Tópico: Prosas Poéticas
| Foi-se a vida repartida em prantos flamejantes de mim tecido em velados cantos pagãos reescritos nos melhores dicionários onde plantámos nossa língua mãe regulamentada em cachos de amor servidos a cada instante que te saboreias em mim fluindo tanto rio em nós – Depois de tantas primaveras colhidas de contentamento há um solitário vento desatino que nos traga assim atractivo ao sabor do tempo que foge confundindo-nos tacteando-nos, ingentes retumbantes comprometendo-nos…urgentes – Restam-nos viver cada instante faminto da alma recompensar a vida com reveladas páginas de eternidade Aproximar as horas nocturnas em matinais auroras arrumadas nos nossos soltos delírios mergulhando os instintos selvagens em silenciosos poentes que impregnam nossos caminhos lavrados em poemas que revivem em cada um de nós tão complacentes – Desabitei hoje aquele tímido olhar que te ofereci à distância de um fugídio sonho Entrei na tua gaiola e libertei-me destas algemas que cantam meus ecos mudos Soltei brados de contentamento quando me enamorei dos teus inesgotáveis apelos de alegria correndo alada em plena simetria para junto dos teus braços onde me escudo desnudo, semeio em euforias incalculáveis de permeio – Ali depois irá nascer cada obra de um génio multiplicar-se o culto de mil actos de fé rendidos pela audácia rebelde onde consagramos tantas parábolas anciosas por um beijo tantos dilemas dispersos em palavras mercenárias que hoje redijo para gáudio desta verdade faminta que planto sossegadamente na eterna chama que a nós se ateia consome, requinta e desnorteia FC
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