
dançarina
Data 14/06/2015 11:05:32 | Tópico: Poemas
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Da cava desprende-se a junta da volúpia encimada pelo encastre da framboesa do rosto. Desfrute talhado em emergente porcelana. Donzela alva. Soltas da voz de vidro tisanas de rosas enquanto te meneias em equilíbrio de libelinha. Dançarina ousada. Rodas ao vento os granitos pungentes com o ventre em barca. Em corpo plácido. Danças. Ajeitas o afoite dos braços que ora dançam, ora me abraçam. Acolhem-me no recato do tule fiado a afagos de onde brotam frutos da árvore de voláteis clausuras. Mansa, avanças até ao cume da minha ânsia de enlevo. Até às escarpas escarlate. Danças nos sulcos. Soltando os quadirs de donzela montesa. De dançarina em disfarce.
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