VASO DE GUERRA

Data 03/06/2015 16:42:50 | Tópico: Sonetos

VASO DE GUERRA

Amarar a nau rumo a barlavento,
Quando até aves gralham o teu nome...
O mar, encapelado, que se dome:
A ordem é destruir tudo a contento.

Voltando enfim ao pélago sangrento,
Longas léguas a quilha já consome.
Bombardas, o inimigo logo as tome,
Certo quanto o levarmos sofrimento.

O ataque desferido é o que somos.
Existimos aos sonhos sós d'el-Rey
E, movidos pelo oceano, desfechamos.

Assim o mar mais púrpura deixei...
Por bela belonave, cuja luz
Mais, ainda e adiante, nos conduz.

Betim - 03 11 2005



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=293927